Ladrão

LADRÃO
Havendo as formalidades necessárias consegue-se ser ladrão e honesto na mesma ocasião. (Honra e infâmia). O interesse, a religião, a ganância, o escrúpulo, tudo pode viver na mesma casa conforme o momento. Uma vez da honra outra do dinheiro. Um ladrão é nosso presidente. Ladrão honrado, não! Conveniência da hora. Tudo se acomoda nas almas mal formadas.
Pense, ladrões de bens particulares acabam na cadeia, ladrões de bens públicos não!
Com tudo isso, tipo “esquerda e direita”, forma ideal de governo nada me importa, não viverei todas em seus graus de “bondade”. Respeito o “establishment”, sendo ele democrático. O que não me afaga é a corrupção, a propina e roubo da “coisa” pública. Assim, por óbvio não gosto de políticos, eles provocaram minha ojeriza, eles que se definiram assim, não cuidaram da própria imagem ofuscados pela ganância, não quero, mas sou obrigado a aproximar isso de uma generalização. É assim meu bom entendedor!
Não tenho recaídas para um ou outro lado pois sei que isso faz parte, de nossa “amada” (sarcasmo) história. Lembram da Ponte Rio Niterói, Ministro Mario Andreza, seu filho possuía mais de 2 000 caminhões trabalhando nesta empreitada, de sua Rodovia Transamazônica que levava as pessoas do nada a lugar nenhum, das obras de Maluf que chegou a criar e usar em campanha o jargão “rouba mas faz”, sejamos justos, não fizeram isso sozinhos, havia a troupe avida por propinas, as empresas, os gabinetes, todos locupletados, para não dizer não falei de flores recentes temos as milhares de obras inacabadas em benefício de construtoras e políticos e seguindo, as estripulias reveladas no Mensalão, Lava Jato, entre muitas outras.
O fato de não estar de acordo com esses crápulas amaziados dos bens públicos lembra uma frase, não musicada, do Raulzito, mais ou menos assim; perco para malandro, ladrão, esperto, perco para bancos, para os juros, taxas bancárias, mas na sabedoria ganho deles. Com esta minha sabedoria concluo. Detesto político ladrão, corrupto e seus corruptores. Detesto quem faz política por dinheiro como cabo interesseiro. Detesto quem governa por propinas, detesto quem ocupa cargos sem competência.
Detesto quem pensa em poder e comando como modo de locupletar-se. Detesto quem rouba e quem aceita ladrão comandando uma sociedade. É meu jeitão de ver esses crápulas.
Assim que chegar o dia em que homens de bem serão presos, trabalhadores tratados como vagabundos e ladrões vistos como heróis, chegou à guerra. E ela está chegando!
Pena mesmo que temos esperança e ela nos parece algo que alcançaremos. Por enquanto vejo consternado e acho que muitos concordam, há uma verdade pela frente e ela é demorada e pouco estamos fazendo. Verdade é palavra forte!
Ser roubado é perder direito fundamental de propriedade material ou moral como a honra, a honestidade. Aceitar sem luta é a submissão e aí meu querido o que está fora de eixo e fora de eixo nada anda certo, principalmente a sociedade.
Vejo um legislativo que não legisla, um Judiciário que não julga e um executivo que não executa, unidos na falta de democracia. Porta aberta para o que detesto, o roubo do que é público, calados não vamos andar certo!

Marconi Leonardi