Democracia, não retórica

Estranho, talvez nem tanto, ver o nosso presidente clamar por democracia e indignar-se com a miséria e a fome enfrentada por muitos brasileiros e ao mesmo tempo demostrar tanto apresso pelas ditaduras em países onde os direitos humanos básicos não são respeitados e a pobreza é ainda maior.
O presidente Lula justifica sua aproximação com as ditaduras de esquerda dizendo que os povos são livres para escolherem a forma de governo que desejarem. Ele sabe que não é verdade. Povo reprimido e com fome não é livre para decidir. Mas isso é irrelevante, o que importa mesmo é que o povo acredita nessa retórica.
Existem milhares de pessoas, do mundo inteiro, querendo migrar para os Estados Unidos todos os dias, assim como milhares de outros cidadãos de Cuba e da Coréia do Norte, desesperadamente, querendo fugir de seus países e não consegue porque seus ditadores comunistas não deixam.
Em outras ditaduras de esquerda como Venezuela e Nicarágua, mais pessoas não fogem de sues países porque a miséria não permite, ainda assim a esquerda brasileira insiste em convencer, e convence muita gente, de que o problema está no modelo capitalista norte americano.
Eles têm razão, nos países onde se defende a livre iniciativa, o estado tem pouca interferência na vida das pessoas, o que, por óbvio, não interessa a eles, porque o objetivo é o poder e não o bem estar das pessoas.
A palavra democracia vem sendo usada pelos tradicionais políticos apenas como retórica para captar votos e iludir um povo que não lê sobre política, não gosta de política, portanto não entende de política, mas é convocado a decidir sobre o futuro político de toda uma nação.
Poucas são as pessoas que param para pensar na enorme contradição que existe entre os discursos e a vida pregressa de determinados candidatos. O fato é que pensamos cada vez menos, somos convencidos por narrativas fabricadas por experientes marqueteiros e massificadas pelas redes sociais ou até mesmo pelos meios tradicionais de comunicação.
Em resumo, cada vez mais estamos sendo alienados, defendemos e com radicalismo, as ideias dos outros, mas que inocentemente juramos serem frutos de uma construção consciente nossa.

O mais assustador é saber que existe uma multidão de pessoas que pensam que pensam quando na verdade são apenas vetores por onde se propagam o que os outros pensam.
Se você não concorda é porque muito provavelmente você é um desses que não pensa. Eu penso assim.
Tenham todos, uma boa semana.
Abraços.

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