O domingo de 8 de janeiro de 2023 não pode ser esquecido. A destruição e a violência definitivamente não é o melhor caminho para quem deseja viver harmonicamente em sociedade. Mas a história precisa ser contada em todos os seus capítulos, não o derradeiro, assim como a lista dos verdadeiros responsáveis não se esgota com a prisão em flagrante dos autores do vandalismo.
O povo brasileiro sempre foi acusado de ser ordeiro e tolerante, até mesmo de conivência diante dos estragos patrocinados pela política e pelos políticos nos últimos anos em nosso país.
Praticamente todos os governos, nesses últimos 30 anos, ao deixarem o poder, com ele deixaram um rastro de destruição do patrimônio público, da moral, da ética e dos bons costumes, sem que pagassem pelos crimes cometidos.
Ao longo dessas três décadas foram incontáveis os registros de estradas interrompidas, de prédios públicos invadidos, ônibus incendiados e vitrines particulares estilhaçadas por vândalos, travestidos de militância política, com o apoio de governos passados, sem as repercussões e as punições sumárias de hoje.
Milhares de residências particulares ou empresas privadas são invadidas todos os dias e seus moradores ou trabalhadores torturados ou até mesmo mortos por bandidos que continuam soltos, sem que o estado ofereça qualquer socorro às vítimas.
Para os detentores do poder, invadir a casa ou o escritório deles é bem mais grave do que o meu ou o seu enquanto cidadão.
Às pessoas que invadiram e depredaram o patrimônio público, não há argumentos de defesa, é preciso punição e com o rigor da lei, mas a lei e o rigor precisam ser aplicados a todos e não com distinção para alguns privilegiados.
A democracia é um processo de construção permanente que se consolida na aceitação das regras de convivência sociais necessárias e justas para todos. Mas os últimos governos, um a um, eles foram desconstruindo a civilidade e enfraquecendo a democracia.
Uma única geração de brasileiros viu dois presidentes sofreram impeachment e todos os outros serem acusados de crimes graves como: Corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e nenhum apreço a coisa pública.
Sem punições e, como muitos desses corruptos continuam no poder, qualquer pessoa de inteligência média era capaz de perceber a fragilidade da nossa democracia. O maior culpado não pode ser o povo, formado em sua maioria por pessoas honestas, trabalhadoras e disciplinadas.
É justo que as autoridades e a grande imprensa identifiquem os responsáveis pelos ataques às estruturas e símbolos da nossa democracia e os mesmos sejam punidos. No entanto é preciso lembrar que o nosso sistema está sendo corroído há mais tempo, não por esses anônimos, mas por gente que tem nome e sobrenome conhecidos, que carregam dezenas de processos crimes contra si e que estão hoje sentados em cargos estratégicos como autoridades.
Ao ver o presidente Lula, que tem enorme apreso as ditaduras como Cuba. Venezuela e Nicarágua sair abraçado, como se defensor fosse da democracia, pelo seu vice Geraldo Alckmin, que já havia profetizado que Lula voltaria à cena do crime e pelos mesmos ministros que em um passado recente o condenaram por inúmeros crimes praticados contra a nação, me fez perder as esperanças e tristemente entender que estamos desconstruindo a nossa democracia, sorrateiramente, de dentro para fora.
Os de dentro posando de vítima e os de fora assumindo a culpa!
Tenham todos, uma ótima semana.
Abraços.