Um povo que aceita passivamente a corrupção e os corruptos certamente não é um povo livre. Há amarras invisíveis em cada um deles. Invisíveis, não para os profissionais da política ou da grande mídia que, espertamente vão dando aparências democráticas em processos absurdamente manipuladores.
Motivar bem como despertar as pessoas às discussões de determinadas ideias, não é o mesmo que manipular cada uma delas. Quando escrevo, estou convidando os leitores a refletir, a pensar e não para doutrina-los.
Muitos desse atores, políticos ou não, são treinados a impor à sociedade regras que eles não cumprem, falam de comportamentos que eles não os possuem, pregam honestidade mesmo com um currículo recheado por corrupção.
Quando um governo promete matar a fome de milhões de pessoas com dinheiro público, eles não estão necessariamente preocupados em colocar comida na mesa dessas pessoas, mas sim uma coleira ideológica.
A vida só ensina quem quer aprender, os demais ela doma. Ao ver tantos corruptos ungido, democraticamente, aos mais importantes cargos públicos, desconfio que já estejamos todos de coleiras ou definitivamente domados.
Nos países pobres, com regimes ditatoriais, ou ditos democráticos, seus governos, investem muito em educação e ações sociais. Porem não podemos nos iludir, não há nobreza nesses gestos, tampouco educação, o que existe são livros e programas com conteúdos muito bem pensados, como instrumentos de alienação.
Assim como a igreja, durante séculos, não permitiu que os cristãos interpretassem a bíblia, esses modernos e não menos cruéis dirigentes de hoje, travestidos de democratas, criam cartilhas com conteúdos carregados de armadilhas que doutrinam, não educam, que roubam a consciência e aprisionam as mentes, principalmente entre os mais vulneráveis.
Sim, é verdade, nem todas as pessoas são alienadas ou foram domadas até porque para que esse fenômeno ocorra é necessário que existam os domadores e os manipuladores. Eles estão em todos os lugares e em geral gozam de prestígio social. Na política, são eleitos com o nosso voto, ocupando cargos públicos relevantes, propondo leis que só interessam a eles, ainda assim o idolatramos, somos seus seguidores, rompemos amizades antigas, nos indispomos com familiares na defesa dos nossos algozes fantasiados de bonzinhos.
A política que vivemos hoje, sem exagero, nos remete à síndrome de Estocolmo. É quando a sequestrada se apaixona pelo sequestrador porque ele o trata bem, lhe oferece o necessário à sobrevivência, a mantem no cativeiro, sem liberdade, sem conforto e, mesmo sabendo que o seu propósito final seja de extorquir os seus familiares ela o defende.
Tenham todos, uma ótima semana.
Abraços.
A SÍNDROME DE ESTOCOLMO
