DUAS DERROTAS, VERDE AMARELA

Definitivamente o ano de 2022 não foi bom para quem, em nome do patriotismo, vestiu o verde e amarelo.
Já fazia parte do nosso cotidiano vermos, nos últimos anos, as ruas e praças dos grandes centros urbanos, lotadas de gente orgulhosas vestidas de verde e amarelo empunhando a bandeira do nosso país.
Terminada as eleições e com a derrota do candidato que incorporou as cores e o maior símbolo nacional como bandeira partidária, tudo indicava que não viríamos mais o colorido nas ruas das principais cidades brasileiras.
Mas como uma providencia divina, a copa do mundo que sempre acontecia nos meses de julho, desta vez estava marcada para logo depois das nossas eleições, o que permitiu continuarmos usando as mesmas camisetas e bandeiras, agora por todos os brasileiros.
Mas o Brasil se despediu da copa bem mais cedo do que esperávamos, decretando mais uma derrota verde amarela. Desta vez de toda uma nação apaixonada por futebol e não mais só de Bolsonaristas.
Foram duas derrotas verde e amarela em um mesmo ano. Essas derrotas precisam ser digeridas, uma pelos amantes do esporte e a outra interpretada corretamente pelos agentes políticos e a sociedade em geral.
A derrota da nossa seleção em praticamente nada vai mudar a vida dos brasileiros, exceto os que diretamente estão envolvidos com o esporte. No entanto, na política , mais do que a substituição do verde amarelo pelo vermelho nas ruas das nossas cidades, haverá consequências sociais e econômicas na vida de todos nós, gostando ou não, querendo ou não.
Sei que para tudo existe uma razão, ainda que para muitos ela seja de difícil compreensão. Há quem sustente que Deus está no controle sempre e, nada é por acaso, portanto as duas derrotas verde amarela não poderiam ser evitadas.
Até pode ser, mas era Bolsonaro e a primeira dama Michele quem sempre invocavam Deus em todas as suas aparições e perderam.

Porque Neymar não se apresentou para cobrar o pênalti decisivo, mesmo ele sendo o nosso melhor batedor, diferentemente do que fez o Messi no jogo da Argentina? Houve influencia indevida do papa Francisco? Deus é Argentino?
Não, definitivamente não. Se nós fomos às urnas cabresteados, os únicos responsáveis são os homens que, pela educação que receberam ou pela falta dela determinaram o seu discernimento do que é certo ou errado.
Assim como o Neymar que pipocou e o Messi que assumiu a responsabilidade em momentos tão decisivos, determinando diferentes resultados de suas seleções, não podemos agora usar o santo nome de Deus para justificar o sofrimento de uns e a alegria de outro.
Tenham todos, uma boa semana.
Abraços

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