Em terra de farofa

Essa semana aconteceu a farofa da Gkay. Para quem não gosta muito de rede social, aqui vai uma breve explicação:

Gkay é uma influenciadora famosa com mais de 20,8 milhões de seguidores no Instagram. Em meados de Dezembro, a tal influencer faz uma festa de 3 dias em um Resort chique no Nordeste, convidando os mais famosos “influencers do Brasil”.

Particularmente tenho até uma certa felicidade em conhecer poucos destes influencers.
Mas a festa a cada ano vem se tornando maior, tanto que, grandes marcas brigam para patrocinarem o evento, como Listerine, Avon, Vivara, etc. Devido a proporção de likes e engajamento que a festa traz. Valores astronômicos, em torno de 8 milhões de reais para 500 convidados (os mais mais do país).

O forte da festa é a “pegação”. O problema é que, neste ano, teve até a faixa da mulher que beijou mais bocas, e pelo que foi divulgado foram cerca de 50 bocas diferentes em 3 noites!

50!

Vocês acham normal isso? Sério? Beijar 50 bocas e comemorar este feito é ridículo. Tanto para homens como para mulheres.
Tem mais, o ponto alto da festa é o tal de “Dark Room” uma casinha onde os famosos podem ficar, beijar, transar entre eles, com privacidade e com direito a decoração sadomasoquista.
Eu estou muito velha. Confesso. Mas para mim, tudo isso beira o absurdo.
Tudo muito vulgar. E sujo. Imagina a quantidade de sapinho, herpes e vírus que essa beijação toda gera.

Alguns podem pensar, ai Taramis!! Cada um beija e faz o que quiser, todo mundo é livre.
O problema não é esse. O problema é a glamourização disso. As marcas que patrocinam. Os influencers dessa geração que propagam e enriquecem com isso, desesperados por visualizações, se prostituem por likes.
Fazer um concurso para quem beija mais bocas é o fim dos tempos.

Enfiaram os princípios no ralo do esgoto. E isso pode não ser problema meu, mas não deixo de pensar em como serão os influencers quando a minha filha for jovem e como todo jovem, altamente influenciável…
A internet é a maior formadora de idiotas.
Eu posso até parecer chata, velha e ultrapassada, até porque em terra de farofa quem pensa em valores é o errado.