A Justiça Militar realizou nessa terça-feira a primeira audiência de instrução do caso da morte do menino Gabriel Marques Cavalheiro, de 18 anos, que sumiu após ser abordado por uma patrulha da Brigada Militar em São Gabriel. Nesse primeiro momento, Anderson da Silva Cavaleiro, pai da vítima, deu seu depoimento. Gabriel foi dado como desaparecido dia doze de agosto, quando uma mulher que não o conhecia teria o visto forçando o portão de sua casa. Ela chamou a Brigada Militar, três policiais militares (sargento e dois soldados) foram até o local. De acordo com testemunhas civis, Gabriel teria sido agredido antes de ser colocado dentro da viatura. Desde então, o menino foi dado como desaparecido. Seu corpo seria encontrado uma semana depois (19), submerso num açude da região. Os três policiais então passaram a ser acusados de ocultação de cadáver e falsidade ideológica, além de responderem por homicídio triplamente qualificado na esfera cível.
Na sexta-feira testemunhas civis serão ouvidas em São Gabriel. Depois, dia quatorze, uma outra audiência pública está marcada para ocorrer, porém em Santa Maria, dessa vez para colher o depoimento de militares.
Em meio aos depoimentos, dia oito de novembro ocorrerá a reprodução simulada, a popular “reconstituição”. São etapas que vão tentar esclarecer como tudo ocorreu naquela noite fria de doze de agosto em que Gabriel Marques Cavalheiro sumiu e foi encontrado morto na semana seguinte.
Edição: Paulo Ribeiro Silva
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