Mais 481 propriedades foram visitadas nesta sexta-feira (26/08) pelo supermutirão contra a dengue no Bairro Fátima. Com isso, sobe para 9.363 o número de residências e estabelecimentos comerciais contabilizados na averiguação em massa, que já percorreu também os bairros Oliveira, Noêmia, Santa Helena, Marina, Quinta da Boa Vista, São José, Medianeira, Barcelos, Tibiriçá, Eucaliptos/Cohab, Universitário, Tupinambá/Bom Retiro, Cristo Rei, Carvalho e Gonçalves. O objetivo dos servidores é identificar e eliminar criadouros e focos de larvas do mosquito Aedes aegypti, o agente transmissor da doença.
Nesta edição, as equipes atuaram em 24 quarteirões orientando os moradores da região para os procedimentos que evitam a proliferação dos insetos e, consequentemente, a contaminação pela dengue. A próxima edição deve ocorrer no Bairro Promorar, em data a ser confirmada na próxima semana. Em todos os supermutirões, a SMS conta com o apoio da equipe da Secretaria Municipal do Meio Ambiente que atua, com caminhão específico, no recolhimento de entulhos descartados pelos moradores.
QUADRO ESTÁVEL PARA DENGUE
De acordo com o mais recente boletim da dengue, divulgado na última quinta-feira (25/08) pelo Departamento de Vigilância em Saúde, existem atualmente em Cachoeira do Sul 1.197 casos da doença apresentando sintomas leves (número apresentou pequena redução após ajustes feitos durante a semana nos registros oficiais, que continham equívocos de classificação ou lançamentos em duplicidade), 17 casos demonstrando sinal de alarme e outros cinco casos considerados graves. Nos quatro boletins anteriores quase não houve evolução em número de casos, gravidade destes diagnósticos ou em óbitos pela doença.
A estabilidade no quadro epidemiológico chamou a atenção do secretário municipal da saúde, Marcelo Figueiró, que solicitou um levantamento mais detalhado da situação ao coordenador do DVS, Luís Adorne. “Há mais de mês que os números se mantém praticamente estáveis, referendando todos os esforços que temos dirigido ao combate da dengue em nossa cidade”, afirma Figueiró.
FRIO E AÇÃO CONTÍNUA NO COMBATE AO MOSQUITO ESTABILIZARAM OS NÚMEROS. POR ENQUANTO, AVISA BIÓLOGA
A conjunção do clima frio com a regular e efetiva ação direta no combate ao mosquito Aedes aegypti têm contribuído para a estabilização dos números de infectados pela doença em Cachoeira do Sul. Esta é a conclusão da bióloga Rosinele Perez, funcionária da Secretaria Municipal da Saúde e com muitos anos dedicados ao Departamento de Vigilância em Saúde (DVS). “As baixas temperaturas fazem com o que os mosquitos circulem menos, que fiquem menos ativos, sendo mais difícil encontrá-los no ambiente doméstico. Entretanto, isto não quer dizer que as fêmeas não estejam depositando os ovos”, alerta.
Segundo a servidora municipal, os ovos que continuam sendo produzidos, logo adiante, em temperaturas mais amenas, vão eclodir em grande volume, podendo causar uma infestação maior. “A tendência é que já a partir de setembro os números voltem a aumentar. Por isso, a importância do trabalho efetivo do Poder Público caminhar no mesmo ritmo das limpezas domésticas, as quais precisam ser promovidas pelos habitantes de cada propriedade. Notoriamente, explica o engenheiro agrônomo da SMS, Eduardo Machado Streb, o combate em campo que vem sendo desenvolvido pelo DVS, em três frentes de trabalho através dos agentes de combate a endemias, é outro ponto forte. Além dos supermutirões nos bairros, em que eles trabalham em parceria com os agentes comunitários de saúde e demais servidores da pasta, a equipe também atua diariamente na pulverização das regiões mais afetadas pelo mosquito Aedes aegypti, áreas essas definidas por meio dos boletins produzidos pelo DVS. “No local onde alguém teve dengue é muito provável que existam mosquitos infectados. É onde os servidores agem fazendo o bloqueio com larvicidas na quadra onde reside o portador da doença e nas quadras próximas. É um trabalho árduo e contínuo”, analisa a bióloga Rosinele Perez.
OS BOLETINS DA DENGUE
25/08/22 – 1.197 sintomas leves, sinal de alarme 17, graves 5
15/08/22 – 1.210 sintomas leves, sinal de alarme 16, graves 5
12/08/22 – 1.210 sintomas leves, sinal de alarme 16, graves 5
10/08/22 – 1.210 sintomas leves, sinal de alarme 16, graves 5
03/08/22 – 1.200 sintomas leves, sinal de alarme 16, graves 5
NÚMEROS DO BAIRRO FÁTIMA
Quarteirões percorridos – 24
Propriedades visitadas – 481
Propriedades vistoriadas – 283 (entraram e eliminaram os focos)
Propriedades fechadas – 165 (imóvel sem acesso)
Recusas de moradores – 33 (acessos não autorizados pelos moradores)
SUPERMUTIRÕES ATÉ AGORA
Oliveira – 422 propriedades
Noêmia – 649 propriedades
Santa Helena – 721 propriedades
Marina – 544 propriedades
Quinta da Boa Vista – 540 propriedades
São José – 635 propriedades
Medianeira – 498 propriedades
Barcelos – 575 propriedades
Tibiriçá – 551 propriedades
Eucaliptos e Cohab – 403 propriedades
Universitário – 566 propriedades
Tupinambá e Bom Retiro – 872 propriedades
Cristo Rei – 507 propriedades
Carvalho – 743 propriedades
Gonçalves – 656 propriedades